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domingo, 29 de agosto de 2010

‘Il Profeta’, Hernanes se diz pronto para brilhar: ‘Todos sabiam de mim’

Apelido cai no gosto dos italianos do Lazio, que contam com volante para sonhar mais alto. Ex-são-paulino ganhou moral com ‘propaganda amiga’
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Hernanes agora é “Il Profeta”. O apelido recebido no Brasil caiu no gosto dos italianos do Lazio, que pagaram mais de R$ 22 milhões ao São Paulo e investidores para ter o futebol do volante. O que significa que os sonhos atuais são bem maiores do que o 12º lugar atingido na última temporada.
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A grande festa na apresentação, que terminou com um gol e uma assistência ao fim do amistoso contra o La Coruña, no último domingo, deixou clara que o jogador chegou para ser protagonista. Mas uma pequena parte do moral conquistado pode ser creditado ao amigo, ex e atual companheiro André Dias.
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- O André antes de chegar já estava aqui falando como eu era, como eu jogava, fazendo minha propaganda. Isso contribuiu muito para que fosse recebido bem, estivesse à vontade, e entrosar mais rápido com os companheiros – disse, em entrevista exclusiva ao GLOBOESPORTE.COM.
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GLOBOESPORTE.COM: Você foi a principal contratação da Lazio para a temporada, custando 10 milhões de euros. Teve uma estreia e apresentação empolgantes. Está preparado para ser protagonista aí na Itália com a camisa 8? Já tinha muito desse respeito no São Paulo, né?
HERNANES: Estou feliz e com minha família muito bem. Todos estão super à vontade aqui, o que me deixa ainda mais preparado para ter uma boa temporada com o Lazio. As esperanças são muito boas, estou pronto. O pessoal aqui acompanhava o futebol brasileiro, o São Paulo, sabia toda a minha história, de onde era, o que tinha conquistado... Todos sabiam tudo.
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Hernanes segura o cachecol do clube (Divulgação)O Diego chegou à Itália por muito dinheiro e não deu certo. Deu tempo para analisar o que houve errado na passagem dele pelo Juventus? Vira um espelho para você?
Não consegui acompanhar muito ele aqui, nem estar muito por dentro do que houve de errado. Mas serve de alerta, para ficar sempre atento. Já me disseram que o futebol é um pouco diferente aqui, que priorizam outras coisas, é de mais contato.
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Você disse anteriormente que a adaptação não seria fácil. A parceria com o André Dias, seu companheiro de São Paulo, já faz efeito por aí para facilitar esse processo?
Com certeza (risos). O André antes de chegar já estava aqui falando como eu era, como eu jogava, fazendo minha propaganda. Isso contribuiu muito para que fosse recebido bem, estivesse à vontade, e entrosar mais rápido com os companheiros. Até mesmo o Matuzalém, outro brasileiro aqui, já me ajudava e também falava de mim. Vou fazer aulas de italiano para aprender a língua o mais rápido possível. Não gosto de sofrer, ficar ouvindo os outros sem entender nada (risos).
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Exceção ao Mourinho, o Inter de Milão não perdeu ninguém e manteve a mesma base da última temporada. Roma, Milan e Juventus vêm tradicionalmente atrás, e outras equipes como Sampdoria, Palermo e Genoa também chamam a atenção. O que fazer para que o Lazio não seja coadjuvante de novo? Deve haver grande pressão da torcida por aí...
Creio que sim. O Lazio também tem uma grande torcida, historia e tradição. A cobrança vai ser forte. Vamos brigar pra chegar o mais perto possível do primeiro pelotão. Ainda nao consegui identificar quais são os objetivos da equipe e da diretoria na temporada, mas na minha cabeça quero chegar o mais perto possível da classificação para a Liga dos Campeões. A vaga na Liga Europa também não pode ser desprezada. Tenho essa mentalidade, como quando disputei a Série B pelo Santo André. Não era esse cenário forte, mas mesmo assim chegamos em sexto, sétimo lugar, e sempre querendo já subir pra Série A.
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Além de você, o Adriano Imperador, que atuou com você no São Paulo, também chegou à Itália nesta temporada. E ainda no maior rival do Lazio. Acha que ele pode voltar a ser aquele Adriano de novo sem problemas extra-campo e voando nos gramados?A nossa relação era mais por conta dos treinos e jogos, mas acredito com certeza que possa voltar a brilhar como antes. Depende dele e de mais ninguém. Mas tomara que demore um pouquinho para voltar aos bons tempos (risos).
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Pelo pouco tempo que você está aí, pôde perceber se a campanha ruim da Itália na Copa do Mundo desanimou os torcedores? Todos costumam ser apaixonados por seus clubes... Os da Lazio, então, são fanáticos.
Eu não percebi desânimo, pelo contrário. No CT e nas ruas, os torcedores perguntam, param, tiram fotos. São sempre muito fanaticos, cheios de tatuagens do time no corpo, exprimem a paixão mesmo. Acho que a seleção não influenciou muito nessa parte não. Estão todos motivados. Mas tudo na vida tem o lado bom e ruim, né. Se eu estiver bem eles vão ficar apaixonados, mas, caso contrário, vão cobrar, e se manifestar da maneira que costumam fazer.
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O Mano Menezes de cara já te convocou para a Seleção. Já dá para se considerar no grupo que faz parte dessa renovação? É um treinador que já acompanhava você de perto.Que nada (risos). Sempre dá expectativa, um novo treinador, tenho que mostrar muita coisa ainda pra ter uma vaga cativa de fato no time. Mas estarei trabalhando para convencê-lo. Ele pode ter gostado de mim dos tempos de São Paulo, mas Seleção é Seleção. Acho que tenho que mostrar serviço também na Seleção, cada momento é diferente.
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Já sabe se vai para o jogo como titular no domingo?Ainda não sei se vou começar jogando. Relacionado é certeza. A questão é começar ou não. Eles tem falado muito que o futebol aqui é mais pegado, corrido, e por isso estão um pouco em dúvida. Querem me observar antes, para ver como se joga aqui. No amistoso eu entrei no segundo tempo, a equipe espanhola (La Coruña) tem mais ou menos a mesma cultura do futebol brasileiro, então tudo isso conta.

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Homenagem a Hernanes, por Fã Clube Hernanes.