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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Saída de Hernanes e empate expõem lacuna de camisa 10 no São Paulo

O empate de 1 a 1 com o Atlético-PR deu início no São Paulo a uma era sem camisa 10. Foi a primeira partida após ter sido oficializada a venda do volante Hernanes para a Lazio. Apesar da função, o jogador desde 2009 usava o número tradicionalmente entregue aos meias clássicos ou craques dos times e, dentro de campo, assumia a tarefa de organizar o ataque.
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Neste domingo, na Arena da Baixada, a equipe paulista padeceu com a falta de criatividade do meio de campo. Marlos atuou bem aberto pelos lados, foi assim inclusive que surgiu o gol no segundo tempo. Mas sem força pelo meio, as bolas custaram a chegar aos atacantes, sobretudo a Ricardo Oliveira, que teve de sair da área para buscar jogo.
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Fernandão, que havia destacado a inteligência de ex-companheiro logo em sua chegada ao São Paulo, se recusou a lamentar sua ausência, mas observou a ‘lacuna’ no time. "O Hernanes já foi. Temos de achar a solução aqui dentro mesmo com as peças ideais", receitou.
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Na primeira experiência sem o negociado, foram somente seis finalizações em 90 minutos: duas certas e quatro erradas. Só o Vasco (cinco chutes contra o gol adversário) e o Atlético-GO (quatro), lanterna da competição, foram menos eficientes no quesito na 13ª rodada.
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Em 2010, ainda sob o comando de Ricardo Gomes, Hernanes chegou a atuar pelo lado direito em alguns jogos, mas logo retornou à posição de origem, que lhe rendeu o título de melhor jogador do Campeonato Brasileiro em 2008. Além das boas atuações, os dez gols marcados foram fundamentais para o retorno à Seleção Brasileira pelas mãos de Mano Menezes.
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Diante do Atlético-PR, quem cumpriu tarefa semelhante em campo foi Cleber Santana. Coincidência ou não, o camisa 8 foi o autor do tento de empate e já surge como candidato para sucedê-lo. "Somos pernambucanos, ele é um grande jogador, mas faço algumas funções diferentes", alertou Santana.
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A falta de um camisa 10 é novidade, mas a carência de um jogador criativo, de ligação, é problema antigo do São Paulo. Antes de Hernanes, a camisa mais emblemática do futebol pertenceu ao centroavante Adriano, em curta e malsucedida passagem. Os meias Souza e Danilo, hoje no Grêmio e no Corinthians, respectivamente, também a utilizaram durante a era de títulos protagonizada pelo clube paulista de 2005 a 2008.
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De acordo com as previsões dos dirigentes, a lacuna não será preenchida. Em entrevista ao UOL Esporte, o superintendente de futebol Marco Aurélio Cunha afirmou que o clube tentará encontrar um substituto para Hernanes dentro do atual elenco. "Não vamos contratar ninguém para a posição. Temos o Casemiro (volante recém-promovido das categorias de base), que chegou agora, o Marlos, o Cleber Santana. Acredito que as peças que temos podem suprir essa necessidade."
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Como o São Paulo utiliza números fixos de camisa no Campeonato Brasileiro, não poderá inscrever outro atleta com a 10 até o fim da competição. Portanto, mesmo que a diretoria surpreenda e dê um meia de presente à torcida, ele terá de improvisar. Pelo mesmo motivo, o atacante Ricardo Oliveira escolheu a 99.

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Homenagem a Hernanes, por Fã Clube Hernanes.